Nos últimos 10 anos o índice de obesidade teve um aumento de 60% no território nacional. O Brasil ocupa 5º lugar entre os países com maior taxa de obesidade no mundo. As cirurgias de redução do estômago, conhecidas como bariátrica, surgiram como solução para os casos mais graves e urgentes. Com o tempo, os avanços tecnológicos e as especializações médicas na área, esse procedimento tornou-se minimamente invasivo e mais seguro.
Segundo o cirurgião geral do Hospital São Francisco, em Cotia, Carlos Alberto Godinho, que é membro adjunto do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, o procedimento é a melhor alternativa de tratamento para obesidade mórbida em pacientes que apresentaram falência no tratamento clínico da obesidade. A cirurgia promove emagrecimento e manutenção da perda de peso no decorrer dos anos.
“Cabe ao endocrinologista e a equipe multidisciplinar preparar o paciente para a cirurgia. É importante conscientizar a necessidade de atividade física e de mudanças em seu padrão alimentar. O objetivo é que o paciente perca peso e com isso melhore as doenças que surgem devido a obesidade”, explica o especialista.
A cirurgia é recomendada para pacientes que têm IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40, calculado pela relação peso/altura, ou quando o IMC estiver acima de 35 e associado a alguma doença, como pressão alta, diabetes, apneia do sono e hipercolesterolemia (nível alto de colesterol no sangue).
Dentre as patologias associadas à obesidade estão presentes também os problemas respiratórios, nos ossos e nas articulações; engrossam a lista o diabetes tipo 2, a depressão, a trombose, a hérnia e o câncer.
“A gordura no organismo produz substâncias pró-inflamatórias e o paciente com obesidade sofre com esse processo de forma crônica. A função da cirurgia é acelerar a perda de peso e isso diminui consideravelmente o impacto. Em 80% dos casos, o diabetes apresenta importante melhora e isso pode ocorrer no dia seguinte com a estabilização dos níveis de açúcar no sangue”, destaca o médico.
Tipos de cirurgias
Existem alguns tipos de cirurgias bariátricas. Dentre elas há a gastrectomia vertical (Sleeve), com a retirada de apenas parte do estômago, na qual o paciente perde de 50 a 60% do excesso de peso; e a gastroplastia vertical (Bypass), processo no qual há o isolamento de parte do intestino. Neste último, o alimento é menos absorvido e ocorre a perda de peso que gira em torno de 70 a 80%. Os dois procedimentos garantem a saciedade precoce.
O tratamento é contínuo
O especialista alerta: “mais do que o paciente perder peso, ele deve conscientizar-se e ter uma reeducação alimentar. Não existe fórmula mágica para o emagrecimento. A condição da cirurgia deve estar atrelada a mudança do estilo de vida”, conclui Carlos Alberto.
Quer saber mais? Agende a sua com consulta com o cirurgião geral pelo telefone (11) 4615-6677. O Hospital São Francisco é acreditado pela ONA – Organização Nacional de Acreditação -, entidade que certifica os melhores hospitais do Brasil. A unidade fica na avenida Professor Manoel José Pedroso, 701 – Cotia.
Fonte: Negócios em foco